Estou apenas tateando entre as brumas, não consigo me achar, fui jogado
no mar da confusão, qual é o meu nome?
Meu nome é tempo, sou um diamante trincado.
Uma entidade feminina me fez uma marca, (desgraçada) não guardo rancor quase que
nenhum.
Ouço os ruídos da cidade me chamando, não vou, não vou; sei dos seus perigos.
Mesmo os homens santos ferem.
Milagres são para os iluminados e ricos, para nós, a dor e o vazio, o nada.
As cores, todas elas não eram para trazer paz e alegria?
Não sei dizer, não enxergo entre as brumas!
Ainda não me encontrei como ser humano, sou apenas uma coisa ruim, jogada no
mar da confusão.
Não me culpem, apenas sigo o sistema, talvez eu perca pontos num programa de televisão.
Alguém tenta me salvar me chamando para o mundo real, mas eu já estou viciado em
fake news, sou apenas um drogado em contos da carochinha.
Até que se queime todas as chances de redenção não haverá luz no mundo, jogue-se no
mar agora!
Minha amiga morte vem me visitar, mas não me leva (desgraçada), pra onde vou, onde estou?
Ela me diz: você está no Brasil, querido!
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