Às vezes me fogem pensamentos que não consigo conter nem
evita-los de tê-los.
Tenho medo que encontrem os seus!
Não sobraria nem uma linha reta para se seguir, só o eco de
um caminho muito gasto.
Corpos separados, braços esticados com dedos tentando tocar dedos
em mãos que se afastam e se perdem.
Tudo se perdeu por nada, em nada estamos, em sombras e redemoinhos
de vozes caindo, caindo...
Um vento levou embora nosso momento, ficamos a deriva dos anos
que nos traíram.
Uma imagem colada no cérebro, não posso mais voar sobre o muro, pois
tenho vertigens e passo mal.
Só a criança ainda brinca.
Só a criança ainda tenta.
Eu já não estou mais por aqui.
Corro atrás do vento e de uma imagem colada no cérebro!
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