sexta-feira, 30 de julho de 2021

Dona.

Às vezes ainda me pergunto se você realmente sentia o mesmo

frio na barriga, misturado com o rosto em brasa, como eu!

Se você tinha picos de adrenalina, misturado com toda sorte de pensamentos

quando olhava para mim, como eu sentia olhando para você!

Não sei se deveria ou é justo perguntar?

Não sei se era tudo verdade, ou tudo mentira.

Como saber?

Nunca mais existiu outra como você!

Acho que era isso que me fascinava, o seu gênio forte, sua independência.

Pensei estar feliz, me achei triste.

Me vi andando sobre nuvens, mas caí num abismo sem fim.

Como fazer a equação de tantos sentimentos de dor e alegria, vindos

de uma só pessoa?

Como sobreviver a tudo isso?

Não importa, tudo sempre acaba no carnaval.

Me vi liberto de minha amada dona.

E na quarta-feira me achei misturado com as cinzas!










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