segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Doce Colina.

Sempre fomos enganados por promessas que não se cumpriram.

A vida, às vezes é só uma velha mentirosa.

Onde estamos agora?

Pra onde vamos se os sonhos acabarem?

Só queria sobreviver para ver tudo verde novamente enquanto o cinza se desfaz.

Meus passos são incertos.

Mostra-me o caminho seguro por entre os perigos das pedras, das pessoas.

Eu sou a terra que enxugará esse mar de lágrimas.

Serei sal?

Queria ser as delicadas e constantes brumas que emanam da minha verdejante

Doce Colina.

A neblina mágica que esconde a floresta e o vale, até que o sol venha para mostrar

toda a verdade, linda verdade.

Serei o último Caminhante Branco a encontrar o seu lugar?

Não terei como voltar depois de tirar minha máscara!

Talvez a comunhão com o novo lar me transforme em outro ser?

Ou talvez eu já seja outra pessoa há muito tempo.

Quero viver para sempre nesse novo lar fluido, leve com sons maravilhosos.

Aqui a vida explode de todas as maneiras em todos os lugares, a terra é fértil e 

rica, a água doce e pura, o céu de um forte tom de azul, que brinco comigo mesmo

imaginando figuras de fadas com as nuvens branquinhas.

No entardecer, bandos de pássaros passam a minha altura indo se recolher

e no céu carmesim se mesclarão com suas cores vivas formando o mosaico

perfeito para o final de tarde.

Contarei histórias sob as estrelas na noite nua e serei feliz, e talvez mais feliz

quando tiver de me juntar à elas no espaço sem fim.

Quando eu acender as grandes fogueiras no inverno, seres ancestrais dançarão sobre 

as brasas e mostrarão varias de suas formas em minha homenagem dando-me boas vindas

porque o lar dos antigos Caminhantes já me aceitou há muito tempo.

E quando chegar o Solstício de Verão, minha simbiose estará completa e serei como os

antigos Caminhantes, parte imortal de tudo isso aqui!


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