Sempre fomos enganados por promessas que não se cumpriram.
A vida, às vezes é só uma velha mentirosa.
Onde estamos agora?
Pra onde vamos se os sonhos acabarem?
Só queria sobreviver para ver tudo verde novamente enquanto o cinza se desfaz.
Meus passos são incertos.
Mostra-me o caminho seguro por entre os perigos das pedras, das pessoas.
Eu sou a terra que enxugará esse mar de lágrimas.
Serei sal?
Queria ser as delicadas e constantes brumas que emanam da minha verdejante
Doce Colina.
A neblina mágica que esconde a floresta e o vale, até que o sol venha para mostrar
toda a verdade, linda verdade.
Serei o último Caminhante Branco a encontrar o seu lugar?
Não terei como voltar depois de tirar minha máscara!
Talvez a comunhão com o novo lar me transforme em outro ser?
Ou talvez eu já seja outra pessoa há muito tempo.
Quero viver para sempre nesse novo lar fluido, leve com sons maravilhosos.
Aqui a vida explode de todas as maneiras em todos os lugares, a terra é fértil e
rica, a água doce e pura, o céu de um forte tom de azul, que brinco comigo mesmo
imaginando figuras de fadas com as nuvens branquinhas.
No entardecer, bandos de pássaros passam a minha altura indo se recolher
e no céu carmesim se mesclarão com suas cores vivas formando o mosaico
perfeito para o final de tarde.
Contarei histórias sob as estrelas na noite nua e serei feliz, e talvez mais feliz
quando tiver de me juntar à elas no espaço sem fim.
Quando eu acender as grandes fogueiras no inverno, seres ancestrais dançarão sobre
as brasas e mostrarão varias de suas formas em minha homenagem dando-me boas vindas
porque o lar dos antigos Caminhantes já me aceitou há muito tempo.
E quando chegar o Solstício de Verão, minha simbiose estará completa e serei como os
antigos Caminhantes, parte imortal de tudo isso aqui!
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