Eu vi um homem, empurrando uma cadeira de rodas pela rua, e sobre o acento, uma caixa, e dentro da caixa, uma criança.
Durou poucos segundos, ele só atravessou a rua na minha frente, mas aquela criança acomodada dentro da caixa, toda dobradinha sem se mexer, me incomodou muito.
Tive pensamentos da humanidade desde Adão e Eva, e lembrei de Deus.
É, Deus, aquele do amor ao próximo, do pai celestial, do poder absoluto.
Fiquei pensando naquela criança, condenada a prisão perpétua dentro de um corpo inerte e totalmente
dependente de outra pessoa para tudo.
Lembrei dos meus próprios filhos, perfeitos, graças a Deus.
Então, graças a quem, aquela criança nasceu tetraplégica, não seria o mesmo Deus, por quê?
Dizem que pagamos por pecados que cometemos em vidas passadas, mesmo assim, às vezes, acho
o preço muito alto, porque pune várias pessoas ao mesmo tempo... e uma coisa tão devastadora poderia mesmo
ser de Deus?
Fico com minha dualidade, minhas duvidas, minha rebeldia, e deixo vocês com as suas.
Deus, eu te amo, mas às vezes tenho raiva de você, pois eu vi um homem, uma caixa, uma criança, e
chorei!
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