Eu vi um homem, empurrando uma cadeira de rodas pela rua, e sobre o acento, uma caixa, e dentro da caixa, uma criança.
Durou poucos segundos, ele só atravessou a rua na minha frente, mas aquela criança acomodada dentro da caixa, toda dobradinha sem se mexer, me incomodou muito.
Tive pensamentos da humanidade desde Adão e Eva, e lembrei de Deus.
É, Deus, aquele do amor ao próximo, do pai celestial, do poder absoluto.
Fiquei pensando naquela criança, condenada a prisão perpétua dentro de um corpo inerte e totalmente
dependente de outra pessoa para tudo.
Lembrei dos meus próprios filhos, perfeitos, graças a Deus.
Então, graças a quem, aquela criança nasceu tetraplégica, não seria o mesmo Deus, por quê?
Dizem que pagamos por pecados que cometemos em vidas passadas, mesmo assim, às vezes, acho
o preço muito alto, porque pune várias pessoas ao mesmo tempo... e uma coisa tão devastadora poderia mesmo
ser de Deus?
Fico com minha dualidade, minhas duvidas, minha rebeldia, e deixo vocês com as suas.
Deus, eu te amo, mas às vezes tenho raiva de você, pois eu vi um homem, uma caixa, uma criança, e
chorei!
quarta-feira, 11 de abril de 2018
O caminho de volta.
Há um buraco negro em meu peito.
Que suga todas as formas de sentimentos e expressões que brotam
em minha alma.
Meus passos pelo deserto somem com o vento, não sobra nada de mim,
estou como a arvore morta, oco.
Meu caminho agora é triste, meu amanhecer é escuro e vazio.
O frio da noite que invade meu ser e para meu coração por um segundo.
Mas não o suficiente para que eu morra, mas forte o bastante para aumentar
a saudade, a melancolia.
As lembranças de você machucam... e lágrimas não levam a dor embora.
Onde está você?
Não consigo seguir seus passos pelo deserto de sal em que você me transformou.
O mundo se tornou cinza, estou sem um rumo, na esquina da vida.
A dúvida atormenta minha mente e a razão, num rasgo de luz, se revela.
Não, não vale mais a pena!
Já deixei toda a dignidade junto com meus ossos, por essa estrada maldita.
Meus pensamentos se voltam para um tempo de felicidade e amor, para o qual eu
estava cego.
Sim, existe outra pessoa nesta história, e ela não vai mais ser ofuscada por ilusões.
Vou tentar refazer o longo caminho de volta, se conseguir, talvez ainda haja alguém
a minha espera.
Alguém que doe tanto amor, que entupa esse buraco e alimente com sua seiva essa
velha árvore.
Quem sabe? Viver novamente!
Sim, eu vou voltar!
Que suga todas as formas de sentimentos e expressões que brotam
em minha alma.
Meus passos pelo deserto somem com o vento, não sobra nada de mim,
estou como a arvore morta, oco.
Meu caminho agora é triste, meu amanhecer é escuro e vazio.
O frio da noite que invade meu ser e para meu coração por um segundo.
Mas não o suficiente para que eu morra, mas forte o bastante para aumentar
a saudade, a melancolia.
As lembranças de você machucam... e lágrimas não levam a dor embora.
Onde está você?
Não consigo seguir seus passos pelo deserto de sal em que você me transformou.
O mundo se tornou cinza, estou sem um rumo, na esquina da vida.
A dúvida atormenta minha mente e a razão, num rasgo de luz, se revela.
Não, não vale mais a pena!
Já deixei toda a dignidade junto com meus ossos, por essa estrada maldita.
Meus pensamentos se voltam para um tempo de felicidade e amor, para o qual eu
estava cego.
Sim, existe outra pessoa nesta história, e ela não vai mais ser ofuscada por ilusões.
Vou tentar refazer o longo caminho de volta, se conseguir, talvez ainda haja alguém
a minha espera.
Alguém que doe tanto amor, que entupa esse buraco e alimente com sua seiva essa
velha árvore.
Quem sabe? Viver novamente!
Sim, eu vou voltar!
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