quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Próxima atração.

E a lama levou toda a gana, toda a grana, a casinha
de boneca com a criança e tudo, o cobertor, a foto
de casamento, a vida.
A lama só não levou quem se beneficia e lucra com ela,
não suja seus sapatos e não conhece o seu gosto!
Na lama da usina a vida para, morre, a tudo contamina
e finda.

Tentando ser racional.

Cá estou, entorpecido pela dor do abandono.
Consciente da destruição de todos os sonhos,
como um castelo de cartas que desmorona.
Buscando alento em lembranças felizes.
Mal me dando conta que, enquanto fico aqui
choramingando, a vida ainda me escancara uma
porta cheia de oportunidades e uma janela que mostra
um jardim de flores e uma relva verde.
Uma outra leitura de mim mesmo, com outras escolhas,
novos sonhos, e evidentemente uma outra pessoa.
Basta ser racional e ter como objetivo a felicidade.
A dor passa, a saudade passa, mas a historia fica, como
uma marca indelével de quem amou, sofreu e pagou o
preço por tentar.
Isso não é pecado nem errado, só que faz parte da natureza
humana!

Carcere.

Procure as respostas nos quatro elementos,
elas estão lá, basta interpretá-las!
Fogo: Paixão (que muitas vezes é destrutiva)
Terra: Razão (tudo nasce e perece sobre a terra)
Ar: Ilusão (nada mais que um sonho)
Água : Paciência (leva ao conhecimento)
Talvez as dores e humores da carne, sejam apenas a 
alma debatendo-se dentro do corpo, tentando livrar-se
de seu cárcere!
Será que Hipócrates pensou nisso?